segunda-feira, 26 de março de 2012

Chevette Silpo Bi-Albero

 Os leitores mais atentos e inciados já sabem do que se trata o carro da foto abaixo. Os outros, vão ficar sem entender nada ao dar de cara com um chevetinho tunado. Este não é um Chevette comum. É um Chevette Silpo Bi-Albero, e ele está a venda.      
O Chevette Silpo foi idealizado e construído por Silvano Pozzi, um dos mestres na arte de envenenar motores nas décadas de 60, 70 e 80. A preparação consistia na troca do motor original de 1,4 l por seu sucessor de 1,6 l com cilindrada aumentada para 1,8l por um novo virabrequim. Coroando a usina renovada, um belo cabeçote com comando duplo de válvulas no maior estilo dos esportivos italianos dos anos 60 e 70 (daí o nome bi-albero – o termo italiano para designar o comando duplo), alimentado por dois carburadores duplos Weber 40. O resultado? 140 cv em um carro de aproximadamente 900 kg e tração traseira – sempre é bom lembrar. 



 

O interior ganhou um painel de madeira com conta-giros, e outros nove instrumentos como os medidores de pressão e temperatura do óleo. Por fora, uma típica preparação da época: o kit Envemo para o Chevette, composto por alargadores de para-lamas, um pequeno defletor dianteiro, faróis quadrados como os do Kadett alemão e rodas “cruz de malta” de tala larga.

Chevette SR



Velocidade Máxima: 150 km/h
Aceleração: 16,5 segundos
O carro que foi lançado em 1973, teve sua primeira reestilização em 1978, com um ,desenho baseado no Pontiac Firebird norte-americano. O Chevette tinha frente em forma de cunha e grade dividida em duas partes. Em 1979 existia a opção da carroceria perua (Marajó) e hatchback, com uma versão esportiva o S/R. A versão S/R vinha com aerofólio na traseira, motor 1.6, pintura degradê e faróis quadrados, que seria adotado pelo restante da linha. em 1983 o carro sofria mais uma reestilização, baseando-se agora no Monza. 
Chevette SR
Motor: 1.6, 4 cilindros em linha, 8 válvulas (2 por cilindro), carburador de corpo duplo, gasolina, dianteiro, longitudinal.
Cilindrada: 1.599 cm³ Potência: 80 cv a 5.800 rpm
Potência Específica: 50 cv/litro Torque: 11,6 kgfm a 3.600 rpm
CARROCERIA
Comprimento: 3.972 mm Peso: 898 kg
Largura: 1.570 mm Porta-Malas: Não disponível
Altura: 1.323 mm Tração: Traseira
Freios: Discos sólidos na dianteira e tambores na traseira Câmbio: Manual de 4 marchas
    

  

sábado, 24 de março de 2012

Chevette ouro preto


   No Brasil, em 1982, quando a GM local já se preparava para a profunda reformulação do Chevette que ocorreria no ano seguinte, é lançada uma série especial do modelo, aproveitando muitos equipamentos do Chevette S/R, que, apesar de ser bem equipado e ter um desempenho a contento, não foi uma versão das mais "vendáveis".
Tendo em vista que o tal esportivo seria descontinuado no ano seguinte, e também a versão sedan do Chevette ainda ser a mais vendida, a GM não teria o que fazer com alguns equipamentos do S/R, tais quais painel, console, volante de direção e outros itens mais que o diferenciavam do restante da linha.
Sendo assim, a GM brasileira resolveu dar uma incrementada no sedan e lançou-o no mercado como uma série especial. Essa série limitada levou o nome de Chevette Ouro Preto.
O Ouro Preto vinha com duas opções de pintura: dourada e negra... Vinha totalmente desprovido de cromados na parte externa (espelhos, maçanetas e pára-choques vinham na cor negra); com as rodas pintadas em dourado e com os parafusos pretos; um spoiler dianteiro preto, molduras dos faróis e grades pretas (o desprovimento de cromados era sinônimo de esportividade na época) e decalques com o logo "Ouro Preto" nos pára-lamas dianteiros (em dourado na pintura preta, e em preto na pintura dourada).


 
          Por dentro ele vinha com bancos reclináveis de encosto alto; volante esportivo; painel com conta-giros e vacuômetro; console com medidor de combustível, medidor de temperatura, voltímetro e relógio de horas (volante, painel e console "herdados" do Chevette S/R).
O motor não era o do S/R, e sim o 1,6 litro do restante da linha, com potência perto dos 70 CV (o S/R tinha 75 CV. O Chevette Ouro Preto foi uma série rara e limitada. Mas, apesar disso, não foi lhe dado o devido valor, já que a maioria arrasadora desses exemplares acabou por ser "descaracterizada" por conta da pintura muito chamativa (quando dourada) e das rodas "escandalosas" (que também eram douradas).
Hoje quem conservou, ou restaurou, um desses consegue altas cotações no mercado de automóveis antigos. 

Chevette GP II




       Lançado em 1970, o Ford Corcel GT inaugurou um nicho de mercado bem particular do Mercado brasileiro. Ele foi nosso primeiro compacto de acabamento esportivo e comportamento quase manso. Algumas respostas de pouca expressão vieram mais tarde, já com atraso, como o VW TL Sport, de 1972, e o Dodge 1800 SE, de 1974. Porém concorrência mesmo o Corcel GT só enfrentaria na linha 1976, quando chegaram VW Passat TS e Chevrolet Chevette GP. Se o Passat comprovava na pista que fazia jus a sua aparência, o Chevette seguia a cartilha escrita pela Ford (mais visual, menos comportamento) para pegar carona na grande publicidade proporcionada pela condição de a Chevrolet ser a patrocinadora oficial do GP do Brasil de Fórmula 1.



   

        Com faróis de neblina (opcionais), vistosas faixas negras na frente, atrás e nas laterais e rodas e pneus esportivos, o Chevette GP aparentava ser o mais nervoso do trio. Complementavam o arsenal estético o retrovisor externo tipo concha, a ponteira de escapamento cromada, as rodas negras exclusivas com tala de 6 polegadas (as demais versões tinham 5 polegadas) e os sobrearos de aço inox.
Para arrematar, grade, protetores dos para-choques, limpadores de para-brisa e bordas das janelas eram pintados de preto. Por dentro, o volante era esportivo, mas não havia sinal de conta-giros, termômetro, manômetro de óleo e amperímetro.


                   
Graças à taxa de compressão, aumentada de 7,8:1 para 8,5:1, o motor 1.4 de 72 cv tinha só 3 cv a mais que o Chevette básico. QUATRO RODAS constatou que a melhoria no desempenho era ínfima, apesar do maior consumo. De 137,404 km/h da versão comum, a máxima passou a 137,931 km/h. "A rigor, quem senta ao volante de um Chevette GP conhecendo as reações e o desempenho do Chevette normal, acha apenas que se trata de um carro muito bem regulado, de reação um pouco mais pronta que o normal. Nada mais", dizia o texto de janeiro de 1976.


Quando comparado com seus principais concorrentes, apanhava feio do Passat TS e se equiparava ao Corcel GT. No comparativo de agosto do mesmo ano, o Volks foi bem mais veloz, com 155,676 km/h, seguido pelo GP, com 140,077 km/h, e o GT, com 137,931 km/h. Na aceleração de 0 a 100 km/h, outra vitória fácil do Passat, com 14,67 segundos. O Corcel demorou 18,62 segundos e o Chevette ficou com 19,52. A limitação no desempenho não melhorou com o GP II, de 1977. De novidade, só a presença das rodas de tala 5,5 polegadas, os pneus radiais, o servofreio opcional e o painel, que trazia os instrumentos que lhe faltavam na primeira versão. Não bastassem os números pouco animadores, o motor de 72 cv passou a ser item opcional.


                                  
             
       É desse ano o exemplar na cor amarelo-lótus fotografado, que pertence ao juiz de direito José Gilberto Alves Braga Júnior. O estoque de peças de uma antiga concessionária Chevrolet, que foi parar num ferro velho do Mato Grosso do Sul, ajudou na restauração completa do Chevette. Até o som foi trocado por um rádio de ondas curtas e médias da época.
Com a remodelação da linha Chevette para 1978, ganhou grade bipartida. O capô pintado todo de preto tentava compensar a ausência de faixas laterais, mas não conseguia evitar a decepção de quem ia à concessionária atrás de um Chevette de visual mais nervoso. No ano seguinte, o GP virou história. Um Chevette esportivo só voltaria a ser oferecido com o S/R, já na carroceria hatch, em 1980. Ele pouco duraria, assim como o Opala SS. Ambos abririam caminho para o Monza S/R surgir em meados dos anos 80 como representante do espírito esportivo na Chevrolet.

quinta-feira, 22 de março de 2012

"Descolado"



 Mas o grande diferencial mesmo estava em seu interior... A moda na época ditava que para o sujeito ser  "descolado" tinha que estar usando jeans. E para ser um carro "descolado", a GMB vestiu o modelo com esse tecido.


O detalhe interessante ficava por conta de bolsos, iguais aos de trás da calça jeans tradicional, existentes nos painéis das portas e nas laterais dos bancos... o painel, no entanto, continuava o mesmo do restante da linha.                           Não se sabe por qual razão, já que a motorização era a mesma dos outros Chevette, mas a GMB prometia 15 km/l de gasolina no Chevette Jeans, enquanto dizia que os outros Chevette chegavam até aos 14 km/l... A razão mais provável talvez seja justamente o despojamento do modelo Jeans, que lhe conferia um menor peso (não se sabe se a esse ponto) e, portanto, melhor consumo. das portas e nas laterais dos bancos... o painel, no entanto, continuava o mesmo do restante da linha.    

Peça Rara



Como poderíamos esquecer uma série especial clássica como essa? Trata-se do Chevette Jeans, que surgiu no Brasil em 1979, com o intuito de cativar o público jovem, que buscava o seu primeiro carro zero quilômetro (anos depois a GMB fez algo parecido com o Prisma, cujo slogan era "seu primeiro grande carro").
Mas, ao contrário de muitas séries especiais, que eram mais caras que os automóveis já constantes do catálogo, o Chevette Jeans vinha para ser o mais barato.
O Chevette Jeans diferenciava-se em seu exterior por vir numa exclusiva cor azul-metálica (tão claro que o carro mais parecia ser prata) e por abster-se dos cromados e de qualquer friso (sinal de esportividade naquela época). O motor era o mesmo 1.4 do restante da linha.
     

Muito Cuidado



          No Chevette é recomendável rodas com aro nunca maior que 15” , pois acima disso o conforto é muito prejudicado, assim como a estabilidade e a economia. Como a suspensão não foi projetada para rodas maiores que isso (e não resolve muito o caso a troca de molas e outros componentes,pois o problema é de dimensão da caixa de rodas, como em todos os carros), também sofre desgaste precoce com rodas de grandes dimensões. Salvo os casos em que, por se usar pneus de perfil baixo(205/45 18, por exemplo), as rodas e pneus ficam nas dimensões de um roda de, no máximo, aro15” com pneus de perfil normal (185/60 15, por exemplo). Mesmo assim, seu uso deve-se restringir apenas a pisos muito bem pavimentados (o que é bem raro no Brasil), pois o risco de perder um pneu em um buraco é muito grande.
Quanto aos pneus, dê preferência para pneus de “primeira linha” (Michelin, Toyo, dunlop, Firestone, Pirelli, Goodyear, etc) e, no caso do Chevette com roda aro 15 recomendo as medidas 185/55.
Para aro 14 185/60 ou 185/65. A largura 195 já começa a prejudicar a dirigibilidade e a manobrabilidade do carro.